segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gabriela, Cravo e Canela


O dia de hoje amanheceu gelado para os padrões de São José do Rio Preto e como estava convidativo para ficar em casa, aproveitamos o momento em família e fomos todos ver fotos antigas, um grande passatempo. Numa das fotos, me encontrei de volta a Ilhéus, na Bahia, local onde fiz minha primeira viagem de férias em companhia de meus pais. Na época eu ainda era muito pequeno, tinha cerca de 4 ou 05 anos de idade. Nos comentários de cada foto, surgiu a vontade de escrever sobre um livro que teve sua historia baseada naquela cidade e que a tornou famosa no mundo inteiro. O livro que me refiro é “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado, um dos maiores autores brasileiro do século XX. Jorge Amado de Faria nasceu na Fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna, Bahia em no dia 10 de agosto de 1912. Ele teve três irmãos: Jofre, 1915, Joelson, 1920, e James, 1922.
No livro “Gabriela, Cravo e Canela” o autor, conta a fascinante história do amor entre o sírio Nacib e a bela Gabriela e seu texto vem mostrando e valorizando a maior região cacaueira do Brasil, num texto regionalista
Cacaueiro


Fruto do Cacaueiro









Em 1925 os fazendeiros da região do Sul da Bahia estavam preocupados com a estação das chuvas, pois nunca havia chovido tanto. Meses antes, todos estavam preocupados com a seca, por isso começaram a aclamar por chuvas para os padroeiros São Sebastião e São Jorge. Até procissões foram feitas. Durante uma delas aconteceu o milagre e as chuvas começaram. Choveu tanto que ficou tudo inundado.
Os mais beneficiados com as chuvas foram os fazendeiros de cacau e café. Dentre eles estava o Coronel Manuel das Onças, que ia vender o seu produto ao Mundinho Falcão, um jovem carioca que veio para Ilhéus e lá enriqueceu como exportador dos produtos da região.
Fachada do Bar Vesúvio

 O Coronel fez três viagens e numa delas encontrou o cozinheiro Nacib Saad, dono do bar Vesúvio (este bar ainda existe e está localizado no centro da cidade de Ilhéus e é um ponto turístico do lugar), que estava desesperado, pois havia perdido sua melhor cozinheira, Dona Filomena, nas vésperas do jantar que havia preparado para mais de trinta pessoas em comemoração da recém-inaugurada empresa de ônibus que fazia Ilhéus-Itabuna duas vezes por dia. Agora Ilhéus tinha um serviço de transporte coletivo, graças ao empreendimento de dois homens corajosos - o russo Jacob e o Moacir da garagem.
Os principais personagens de Gabriela Cravo Canela
 A família Bastos comandava o destino político de Ilhéus há mais de vinte anos, prestigiados pelos sucessivos governos estaduais. O coronel Ramiro Bastos não gostava da liderança exercida por Mundinho Falcão. Ele estava à frente de quase todos os projetos que se fazia em Ilhéus: a instalação de filiais de bancos, empresa de ônibus, a avenida na praia, a publicação do jornal diário, os técnicos vindos para as podas de cacau, arquitetos para projetar os palacetes dos coronéis. Para Mundinho, as necessidades dos coronéis não mais correspondiam com as necessidades da cidade em rápido progresso. Era uma guerra de ideologia.
Houve o assassinato de um casal que despertou inúmeras discussões acaloradas entre os moradores de Ilhéus. O coronel Jesuíno, um rico e respeitado fazendeiro da região flagrou sua esposa, Sinhazinha, na cama com o dentista, Dr. Osmundo e matou a ambos em nome da honra. Todos discutiam as diversas versões da sociedade, opunham-se detalhes, mas com uma coisa todos concordavam: o gesto macho do coronel era constantemente louvado e somente o sangue limparia a honra.
Alheio a política local e preocupado em atender bem a todos seus clientes, o comerciante Nacib precisava encontrar uma cozinheira para substituir a Dona Filomena, pois precisa entregar um jantar e o destino o fez encontrar a mulher que mudaria sua vida e passou a ser parte da historia da cidade até hoje: Gabriela, uma mulher muita bonita, simples, ingênua, que sorria muito, brincava com as crianças e era muito fogosa. Nacib convidou Gabriela para ser a nova cozinheira do Vesúvio e ela aceitou prontamente
Nacib não ia mais ao Bataclan, cuja gerente era Maria Machadão, um personagem apaixonante; não precisava; todos notaram. Mesmo sabendo o tipo de relacionamento que o árabe mantinha com a formosa empregada, oficialmente, para os fregueses, ela não passava de sua cozinheira e, por isso, tratavam-na como tal, enchendo-a de propostas atrevidas, bilhetinhos, atenções e piscadelas. Surpreendentemente, notava Nacib que, o único a tratar Gabriela com certa distância, como uma senhora respeitável, era o filho do coronel Ramiro, Tonico Bastos, o garanhão de Ilhéus. Com medo de perdê-la, Nacib propõe casamento a Gabriela e ela aceita e foi a festa mais animada da cidade a união dos dois.
Segundo o autor, Gabriela que exalava o “perfume de cravo e com de canela” Foi o casamento mais animado de Ilhéus, Gabriela de azul celeste, de olhos baixos, sapatos a apertados e um riso tímido nos lábios.
Depois de casada, Gabriela não se adapta de jeito nenhum a vida de senhora Saad, para desespero de Nacib, que acaba anulando o casamento ao pegá-la na cama com Tonico Bastos, o seu padrinho de casamento, que humilhado por Nacib que decide sair da cidade.
Para Nacib, aparentemente, tudo voltara ao normal. Os fregueses lá estavam, jogando, rindo, bebendo aperitivos antes do almoço e do jantar. Ele sentia falta de Gabriela, principalmente do seu tempero e quitutes. O movimento do Bar Vesúvio, já não era como no tempo de Gabriela. A cozinheira atual, não ia além da comida convencional. Com o passar do tempo, a política de Ilhéus passou a ser controlada por Mundinho Falcão e Gabriela voltou para os braços de Nacib. O Coronel Ramiro Bastos perde o apoio de Itabuna e manda matar, sem sucesso, seu ex aliado. Ele consegue fugir, mas morre dias depois. Com isso a guerra política acaba com Mundinho Falcão e seus candidatos vencedores. E como prova da mudança da mentalidade, o Coronel Jesuino, que cometera o duplo assassinato em nome da honra foi preso e condenado.

Um livro fantástico, que recomendo a todos.





terça-feira, 16 de agosto de 2011

“Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”,

“Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”, de Mark W. Baker é um escritor mundialmente conhecido pelos seus livros relacionados à religião e diretor-executivo da Clinica La Vile Counseling Center. Hoje, por exemplo, escreverei sobre o seu grande sucesso “Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu”, onde ele relata como os ensinamentos de Cristo pode nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano e aumentar nossa saúde emocional.
Neste livro, entendemos como aplicar, superar e crescer através dos ensinamentos de Jesus em nossas vidas, através de princípios espirituais, tirados de passagens da Bíblia. O autor faz ligação das mensagens de Jesus com a ciência da psicologia.
Sabemos que a psicologia ajuda as pessoas a superarem traumas, se conhecerem melhor, saberem conviver com os outros, resolverem problemas, lidarem com os sentimentos, entre outras coisas.


Jesus, com seus ensinamentos e lições, com certeza é o maior psicólogo que já existiu, como diz o autor do livro. Jesus, com seu amor, anuncia a Palavra de Deus, mostrando a todo o mundo que ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, e nos ajuda a cuidar do nosso coração e curar nossas feridas, através do Perdão e do Amor.
E sobre um olhar atento, o autor demonstra o por que todos nós confiamos no amor de Cristo e vemos Nele o Abrigo, a Compaixão. Para que estas mensagens fixassem cada vez mais em nossas mentes ele passa no livro algumas passagens da Bíblia, como a frase de Marcos 4:33 “Com muitas parábolas como esta, Jesus anunciava-lhes a palavra segundo podiam entender.”. A principio muitos dizem ser uma frase qualquer, mas a medida que lemos o Principio Espiritual, como citado no livro vemos que é uma frase que retrata como nos transformamos, conforme crescemos, mas Jesus continua sempre fazendo com que nós O entendamos.
FREUD
Alguns psicólogos encaram religião como um culto que limita o potencial humano. Freud considerava a religião uma muleta que as pessoas usam para lidar com seus sentimentos de desamparo. Esta postura deu início a uma guerra entre a psicologia e a religião que perdura até hoje.
Mark desvenda que a animosidade existente em ambos os lados tem origem no sentimento do Medo, que dificulta o entendimento.
O preconceito é tão grande entre os psicanalistas que eles acreditam não existir um terapeuta que seja ao mesmo tempo inteligente e cristão.
A primeira parte do livro mostra como é possível entender as pessoas; a segunda incentiva o leitor a conhecer a si mesmo.
Um livro extraordinário, em que Mark W. Baker esbanja todo seu conhecimento religioso de forma brilhante, mantendo o foco do leitor em todas as páginas sobre as Palavras de Deus, que foi passada pelo seu filho Jesus.
Recomendo a Todos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dom Casmurro

Em 1900, Machado de Assis, publicou o romance “Dom Casmurro” . Este livro completou a trilogia "Quincas Borba" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas". Este grande escritor brasileiro, cujo nome completo foi Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na cidade do Rio de Janeiro e é considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário.



MACHADO DE ASSIS
O livro conta a historia de Bentinho, um rapaz orfão de pai, criado com desvelo pela mãe, D. Glória. Ele teve sua vida protegida do mundo pelo seu círculo doméstico e familiar, como tia Justina, tio Cosme, José Dias. Ele prepararam Bentinho para a vida sacerdotal, em cumprimento a uma promessa de sua mãe, que queria ver o filho padre.

A vida do seminário, no entanto, não o atrai jovem Bentinho, já o namoro com Capitu, filha dos vizinhos o emociona. Apesar de comprometida pela promessa, sua mãe, D. Glória sofre com a ideia de separar-se do filho único, internado no seminário. Por expediente de José Dias, o agregado da família, Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo.

Correm os anos e com eles o amor de Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho se forma em Direito e estreita a sua amizade com um ex-colega de seminário, Escobar, que acaba se casando com Sancha, amiga de Capitu.

Do casamento de Bentinho e Capitu nasce Ezequiel. Escobar morre e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a forma como Capitu contempla o cadáver de Escobar. A partir daí Bentinho passa a ter ciúmes doentio de Capitu e estabelece entre eles uma crise. O filho do casal, Ezequiel se torna cada vez mais parecido com Escobar. Bentinho muito ciumento, planeja o assassinato da esposa e do filho, seguido pelo seu suicídio, mas não tem coragem. A tragédia dilui-se na separação do casal.

Capitu viaja com o filho para a Europa, onde morre anos depois. Ezequiel, já moço, volta ao Brasil para visitar o pai, que apenas constata a semelhança entreo filho e o antigo colega de seminário. Ezequiel volta a viajar para a Europa e morre no estrangeiro. Bentinho, cada vez mais fechado em usas dúvidas, passa a ser chamado de Casmurro pelos amigos e vizinhos e põe-se a escrever de sua vida.

Um livro fantástico, onde Machado de Assis mais uma vez mostra toda sua capacidade de prender o leitor, e mostrando toda sua grandeza em seu vocabulário, fazendo com que cada pessoa que leia esta obra, se sinta obrigado a aprimorar sua linguagem, tornando-se assim cada vez mais culto. Espetacular.

Recomendo a todos

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Muro de Berlim - 1989 - O Ano que Mudou o Mundo

O Muro de Berlim foi o maior símbolo da Guerra Fria. Esta obra de engenharia foi construída pela Alemanha Oriental e fechava completamente todo acesso ao lado oriental da cidade de Berlim, criando. com isso, na mesma cidade, um mundo capitalista e outro socialista, ou seja, a divisão dos capitalistas chefiados pelos EUA e o socialistas chefiados pelo URSS, as duas grandes potencias da época.

Em 1989, foi o ano em que tudo acabou, quando a queda do Muro de Berlim se concretizou com o fim da Guerra Fria, prevalecendo a vitoria para o sistema capitalista. No momento da queda do Muro,  o jornalista Michael Meyer estava lá, e de acordo com o que viu e com seus estudos publicou o livro “1989 – O Ano que Mudou o Mundo”, relatando a verdadeira historia da queda do Muro de Berlim.
Em um acordo de integração de áreas na Republica Federal da Alemanha, mais conhecida com Alemanha Oriental, entre os paises capitalistas, EUA, França e Grã-Bretanha no ano de 1949 e um acordo do setor soviético, Berlim Oriental, passou a ser integrado a República Democrática da Alemanha, Alemanha Ocidental, seguindo o sistema socialista, pró-soviético.
Até o ano de 1961, a população de Berlim podia passar livremente de um lado para o outro da cidade. Mas em agosto de 1961, com o inicio da Guerra Fria e com a grande migração de cidadãos do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Sendo assim decretou também leis proibindo a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade.


O Muro começou a ser construído em 13 de agosto de 1961, sem ao menos respeitar as casas, os prédios e até mesmo as ruas, o objetivo era criar a divisão o mais rápido possível e assim não manter nenhuma relação com lado ‘inimigo’. Para os que tentavam de alguma forma ultrapassar o muro, eram presos ou muitas vezes mortos pelos policias da Alemanha Oriental. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas elétricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.
Foram anos e anos vivendo longe dos familiares, caso eles estivessem do outro lado, foram anos que não só Berlim ou só a Alemanha, mas o mundo todo viveu nas dependências de uma decisão política, em uma guerra que dizem ser ideológica, fato que na verdade é falso, pois se vermos entre EUA e URSS realmente não ouve confronto de armas, mas se vermos os ‘bastidores’, a Guerra Fria foi sim muito violenta, principalmente no Oriente Médio, que foi onde ocorreu conflitos sangrentos, deixando marcas na história de cada pais.
Em 9 de novembro de 1989, com a crise do Sistema Socialista no Leste da Europa   e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo na reintegração da Alemanha , fazendo com que tudo voltasse a ser como antes. Ao fim da Guerra quem saiu vitorioso foi os EUA, tornando o mundo capitalista, com algumas exceções, Cuba, Coréia do Norte e parte da China que ainda adere o modo socialista de governar.

Vocês poderão verificar muitas informações a respeito acessando os seguintes sites: www.suapesquisa.com/paises/alemanha.htm    www.suapesquisa.com/geografia/europa.htm 

Um livro fantástico, onde o autor consegue de modo bem dinâmico relatar toda a verdade que há por trás do acontecimento histórico, o Muro de Berlim.

Recomendo a todos. 

Papillon - o Homem Que Fugiu do Inferno

Você gosta de aventuras? A historia de Papillon é verdadeira e o que não falta é aventuras. Este livro eu encontrei num sebo já há algum ...